Vínculos de Destino

Recentemente, em uma das  minhas reuniões no campo de trabalho, trouxe à tona as situações com risco de morte, doenças como câncer e depressões, e sua implicação sistêmica.

Observou-se o que Bert Hellinger chama de vínculos de destino no campo familiar.

Neles, num nível bem inconsciente, os membros assumem doenças e se orientam à morte,  em lugar de seus pais ou irmãos, para dividir a dor, acompanhar na morte ou por lealdade aos vínculos.

Trata-se de um amor trágico, que enreda os membros a outros que tiveram destinos funestos (irmãos mortos prematuramente, membros esquecidos, excluídos ou diminuídos, doentes, pais prematuramente falecidos).

Quando a dinâmica oculta desse amor trágico que adoece vem à tona, e esse amor se revela, é ele mesmo que conduz à cura como a força que auxilia a permanecer e escolher a Vida!

Perante as mortes dos que nos são caros, existe um luto ruim, que não aceita o destino e se vincula com a morte,  e um luto bom, que une, que torna leve e aceita a Vida tal qual ela é!

Essa aceitação já é o amor que liberta. Para estar nele deixamos de ser a criança mágica heróica que tudo pode e nos transformamos em aqueles cujo único destino é honrar a Vida recebida, tal qual ela é.

 

Graciela Rozenthal